Caros colegas, este Blog tem como objetivo servir de ferramenta para os participantes da Formação Continuada dos Professores de Educação Física atuantes na Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis, promovendo através de seu acesso a socialização de materiais e comunicação efetiva entre todos os professores.

Sejam bem-vindos !

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Relato do dia 21 de outubro de 2014 – Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física

        No dia 21 de outubro de 2014 às 09:00 horas, aconteceu o Encontro de Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física. O encontro contou com a presença de sete (7) professores, e dois (2) bolsistas da UFSC. Teve como pauta a continuação da temática da Avaliação da Educação Física na Educação Infantil, por meio da apresentação de relatos e experiências e continuidade do trabalho já realizado no ano de 2013.
        Devido ao fato de alguns professores presentes não terem participado do primeiro encontro sobre as avaliações do dia 23/09, foram revisados os critérios elaborados no ano de 2013, disponível nos relatos de 01/10/2013 e 22/10/2013 (segue link nas referências). Os professores apresentaram seus métodos de avaliação, tanto individual como coletiva, expondo suas dificuldades sobre este tema fundamental para o trabalho pedagógico.

Algumas questões levantadas foram:

- Dificuldade de avaliar individualmente;
- Cobrança das supervisoras/diretoras quanto à avaliação individual
- Professores substitutos, ACT (temporários), ou efetivos, porém com pouco tempo na unidade, e que deste modo não possuem conhecimento específico de cada criança para conseguir avalia-las individualmente.
- Crianças que faltam muito à aulas
- Crianças que estão presente nas aulas, porém se tornam “invisíveis” nos registros, uma parte delas é tímida.
- Crianças que aparecem demais nos registros, consideradas “espevitadas”.
- Ter bastantes registros, porém não saber o que é significante, importante para colocar nas avaliações.
- Não ter critérios, que orientem a elaboração das avaliações.
- Avaliar para quê? Para quem?

Durante os relatos das avaliações dos professores presentes, destacaram-se alguns tópicos:
- Participação;
- Interação do grupo;
- Evolução das crianças;
- Propostas e materiais utilizados;
- Envolvimento do grupo com as atividades coletivas;
- Desenvolvimento e Aprendizagem.

    Ao final do encontro, foi retomado um tópico apresentado no encontro anterior: o que podemos fazer para melhorar, como conseguir elementos para avaliarmos individualmente as crianças? Diante desta indagação, a professora Rosângela relatou que constrói tabelas com tópicos a serem analisados nas crianças, ela apresentou-a desenhando-a no quadro presente na sala do encontro. Durante a apresentação dessa ferramenta de avaliação, ocorreram sugestões de novos tópicos e como poderia ser desenvolvida. Ficou nítido o interesse dos professores presentes pela nova ferramenta, relataram que irão tentar aplica-la no próximo ano.
   A Tabela possui como características apresentar o nome das crianças no canto esquerdo, no sentido vertical, e na parte superior no sentido horizontal os tópicos, habilidades a serem analisadas.
    Os elementos devem estar relacionados com o planejamento do professor, seja pelo tema da aula, ou do que se vem desenvolvendo. Quanto à aplicação da tabela, ela pode ser utilizada por cada aula, ou no início de uma unidade e no final dela, para realizar uma comparação.
   A utilização da tabela fica a critério de cada profissional, as respostas podem ser: Sempre (S), Nunca (N), Às vezes (A.V), Faltou (F), entre outras que podem ser elaboradas. Segue uma ilustração abaixo de uma aula com tema do Boi de Mamão, o qual possui os questionamentos acerca das crianças: Dançam o Boi, trocam os personagens com os colegas, cantam as músicas, entre outros, que podem ser elaborados.


O encontro terminou aproximadamente às 12hs.

Referências

 

Relato do dia 01 de Outubro de 2013. Disponível em <http://efinfantil.blogspot.com.br/2013_10_01_archive.html>.

 

Relato do dia 22 de Outubro de 2013. Disponível em <http://efinfantil.blogspot.com.br/2013/12/relato-do-dia-22-de-outubro-de-2013.html>.

 


 

Relato do dia 23 de setembro de 2014 – Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física

          No dia 23 de setembro de 2014 as 09: 00h aconteceu o Encontro de Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física. O encontro contou com a presença de nove (9) professores, e dois (2) bolsistas da UFSC. Teve como pauta a Avaliação da Educação Física na Educação Infantil, através de apresentação de relatos e experiências e continuidade do trabalho já realizado no ano de 2013.
Nos encontros de 2013 foram construídos critérios de orientações juntamente com o professor Alexandre Vaz durante a Formação Continuada de Professores de EF na Ed. Infantil da Rede de Florianópolis. Os relatórios completos destes esses encontros estão disponíveis neste Blog, no período de outubro de 2013 (site: http://efinfantil.blogspot.com.br/).
Dando continuidade ao ano anterior foram discutidos os relatos de experiência quanto a essa temática, a verificação quanto à aplicação dessas orientações construídas em 2013, e também a sugestão de desafio, de conseguir avaliar individualmente pelo menos um Grupo a cada ano de trabalho.
Para relembrar os critérios construídos no ano anterior, foi elaborada uma síntese dos relatórios dos encontros de 2013 contendo os critérios de orientações e as questões levantadas. Foram encaminhadas com antecedência por e-mail aos professores que participam dos encontros do Grupo Independente, para relembrarem da construção desses critérios.
Algumas questões ainda persistem, como a da dificuldade em avaliar as crianças individualmente e a cobrança das supervisoras e diretoras quanto à avaliação individual. Também foi relatado que os professores substitutos, ACT (temporários), sentem uma grande dificuldade de avaliar nesse modelo, pois não possuem conhecimento específico de cada criança para conseguir avalia-las individualmente, pois estão há pouco tempo nas unidades.
Inicialmente foram apresentados na lousa digital os critérios de orientações elaborados pelo Grupo em parceria com o professor Alexandre Vaz, no ano de 2013. Após a apresentação ocorreram os relatos de experiência e debates sobre as avaliações.
Segue abaixo os critérios e questões orientadoras elaboradas em 2013.

QUESTÕES FUNDAMENTAIS
- O que as Crianças têm a revelar?
- Como se percebe o que as crianças revelam?
- Como documentar o que as crianças revelam?

QUESTÕES PARA AVALIAÇÃO
a) Dependente dos interesses da formação das crianças (Pensar nas crianças, avalia-las é bom para que se formem melhor).
b) Não ligada à promoção para as etapas seguintes (Grupos seguintes).
b) Não ligada a pré-requisitos para ingressarem na etapa seguinte (Esses questionamentos foram apresentados pelo professor Alexandre nos encontros do ano de 2013, e dizem respeito à função da educação infantil, a qual não possui como objetivo verificar o nível de conhecimentos dos alunos, ou pré-requisitos para que as crianças possam ingressar no grupo seguinte).
c) Considerar o que foi “ensinado” (trabalhado).
d) Observar as singularidades em longo prazo.
e) Considerar desenvolvimento e aprendizagem.
f) Processo de equilíbrio entre as propostas práticas consideradas e os critérios a serem avaliados.

QUESTÕES ORIENTADORAS

a) O “bebê” deixa-se tocar com facilidade por um adulto? (Relação corporal)
b) Apresenta desenvoltura para se localizar no espaço e entre brinquedos? (Atividades de circuito, de rodas).
c) Salta? Corre? Lança objetos à distância?
d) Quais atividades de equilíbrio dominam e em que grau? (Estático, dinâmico, superar o medo, com ajuda ou sem ajuda).
e) Resolve situações de conflito, negociando ou agredindo fisicamente e verbalmente?
f) Domina a organização dos jogos e brincadeiras?
g) Dispõe-se a exercer diferentes papéis nas atividades?
h) Toca e deixa-se tocar sem violência?

ORIENTAÇÕES
a)      Pensar em cada Grupo.
b)      Temos que fazer as perguntas certas, do contrário aguardamos respostas que elas não podem dar.
c)      Brincadeiras como ferramentas educacionais. Não se esquecer do objetivo pedagógico nas brincadeiras, não ser apenas brincar por brincar.
d)      Não devemos esperar um ideal de criança universal, mas, sim respeitar as singularidades.

O encontro foi bem produtivo, cada professor apresentou seus modos de avaliar, tanto individual, quanto em grupo. É notório que o modo de avaliar depende de vários fatores, como a questão do número de grupos e crianças, da carga horária do professor, da política das instituições etc.
Um dos pontos importantes do encontro foi quando uma professora discutiu um dos tópicos apresentado nos critérios, o qual informa que não podemos considerar a criança um ser ideal, universal, e complementou que é muito importante conhecer as crianças, saber suas singularidades, para conseguir avalia-la individualmente. Em uma unidade em que trabalha, as professoras de sala realizaram uma anamnese das crianças, e ela como professora de EF quis ter acesso a esse documento tão importante, o qual evidentemente a ajudou a conhecer melhor as crianças e tornar sua avaliação mais completa.
Outro ponto importante foi quanto ao questionamento apresentado por uma das professoras: O que podemos fazer para melhorar, ou conseguir elementos para avaliarmos individualmente as crianças? Diante desse questionamento, os professores pensaram como poderia ser resolvida essa questão. Foram apresentadas soluções de registrar o máximo de informações possível sobre as crianças nas aulas, buscar ajuda em registros anteriores daquela criança, seja semestre, anos, conversar com as professoras de sala, com os pais ou responsáveis.
Outra questão importante acerca da avaliação foi discutir que avaliar individualmente não é apenas apresentar informações sobre a criança, mas sim apresentar questões importantes, significativas sobre a aprendizagem e o desenvolvimento, e que na avaliação é necessário ter uma teorização e relação lógica com o planejamento e os objetivos da Educação Física na Educação Infantil.
Ao final ficou acertada a data para o próximo encontro que será 21/10 e dará continuidade a este tema. Sugeriu-se que cada professor tente registrar o máximo de informações sobre pelo menos uma (1) criança, para iniciarmos uma avaliação individual no próximo encontro.

Referências

Relato do dia 01 de Outubro de 2013. Disponível em <http://efinfantil.blogspot.com.br/2013_10_01_archive.html>.

 

Relato do dia 22 de Outubro de 2013. Disponível em <http://efinfantil.blogspot.com.br/2013/12/relato-do-dia-22-de-outubro-de-2013.html>.



quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Relato do dia 09 de Setembro de 2014 – Formação Continuada de Professores da Rede de Florianópolis

No dia 09 de setembro de 2014, às 08 horas, teve início o Encontro da Formação Continuada dos Professores de Educação Física da Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis. O encontro contou com a presença de aproximadamente quarenta professores, bem como de um bolsista da UFSC.
Foi ministrado pelo professor Jaison Bassani, e teve como pauta principal a aplicação dos conteúdos que foram trabalhados nos encontros anteriores, qual seja, concepções de desenvolvimento e aprendizagem. O professor utilizou exercícios com material impresso, partindo de planos de aula e relatos de projetos de aula, para explorar as concepções e suas implicações didáticas.
Inicialmente o prof. Jaison propôs a divisão do encontro em três momentos:

1ª         Atividade em grupos, para leitura e análise dos materiais impressos.
2ª         Discussão por temas, para auxiliar a interpretação desses materiais.
3ª         Discussão em grande grupo.

Foram formados doze grupos com aproximadamente três integrantes cada, com aproximadamente três textos para cada grupo. Após a divisão e entrega dos materiais, o professor Jaison apresentou as orientações para a análise dos materiais:

- Concepções de desenvolvimento e aprendizagem;
- Relações interacionais (adultos-crianças);
- Relações interpares (crianças-criança);
- Relações como conhecimento;
- Organização espaço-temporal;
- Concepção de corpo e movimento;

Com a apresentação das orientações o professor Jaison disponibilizou um tempo para que os grupos analisassem os materiais, para depois ocorrerem as discussões por tema e a do grande grupo. Durante esse período ocorreu um intervalo e em seguida o professor Jaison disponibilizou mais um período para continuarmos as análises e iniciarmos as discussões.
Jaison iniciou o debate por temas, apresentando na lousa digital os materiais repassados aos professores para serem analisados, um de cada vez, solicitando que cada grupo que tivesse recebido o material, se manifestasse e apresentassem as questões solicitadas nas orientações.
A partir das questões apresentadas pelos grupos o professor foi realizando complementações. Cada material trazia concepções diferentes de aprendizagem e desenvolvimento, alguns não deixavam claramente qual a concepção que estava sendo trabalhada e as relações interacionais e interpares também variaram de plano para plano, assim como os demais elementos que foram sugeridos para análise.
Um elemento importante que apareceu nas discussões foi à organização espaço-temporal. Em alguns materiais apareceu a divisão clássica de aquecimento, desenvolvimento e volta à calma, em outro atividade inicial, parte principal e atividade final.
  Outra questão que se destacou foi a temática das brincadeiras. O professor Jaison apresentou que o importante é a intencionalidade pedagógica que se tem por trás da brincadeira, pois ela é um elemento fundamental da vida da criança. De modo geral, as crianças não racionalizam a respeito da brincadeira, elas não se preocupam com os elementos subjacentes à brincadeira.
Como apresentado anteriormente o importante é que o professor tenha uma intenção, um propósito, que nem sempre é o mesmo da criança que se relaciona com aquele objeto ou brincadeira. O professor tem a função operacional, de suporte cultural. Em seguida o professor Jaison apresentou a questão: Para que precisaria de um professor, se não houvesse função pedagógica da brincadeira? A brincadeira é meio para o professor, mas para a criança é o fim.
            Devido ao grande debate que foi surgindo durante as apresentações dos materiais não foi possível concluir o trabalho neste encontro, sendo assim as discussões continuarão no próximo, em 07 de outubro de 2014.

Referência


VAZ, Alexandre F.; RICHTER, Ana C.; BASSANI, Jaison. J. Aprendizagem e Desenvolvimento. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2014. 56 slides: color. Slides gerados a partir do software Power Point.

Relato do dia 26 de agosto de 2014 – Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física


      No dia 26 de agosto de 2014 às 090 horas teve início o Encontro de Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física. O encontro foi destinado à continuidade da Oficina de Brincadeiras Musicais ministrado pelo Professor Rafael, contando com a presença de mais 10 professores e 02 bolsistas vinculados diretamente ao projeto. A oficina ocorreu na sala de danças na CEC, conhecida popularmente como Casarão.
            Inicialmente o Professor Rafael deixou claro que a continuidade na pauta programada para aquele momento era a troca de experiências vividas pelos professores nas escolas da rede, que poderiam contar e compartilhar suas aulas relacionadas a temática da musicalidade. Logo em seguida, propôs uma atividade musical com a letra do NÃO ME AMOLE, quando os presentes incorporaram um trabalho coletivo e lúdico em que os nomes das pessoas eram passados conforme letra ao final do relatório.
No segundo momento o Professor explicou algumas intencionalidades do trabalho com a música e o movimento corporal na unidade educativa, quando ficou reforçada a importância de trazer e estimular as crianças a se identificarem com as músicas de forma sociocultural. Ou seja, trazer cantigas e coreografias da cultura local e outras e datas festivas, e também propor ritmos que trabalhem as expressões corporais e o trabalho em grupo e cooperativo.
Seguindo nessa intencionalidade com as experiências, Rafael comentou sobre a música popularmente conhecida na região Nordeste como “cucuriá”, o que equivale para o povo do Sul como uma espécie de samba de roda. Também o “jacaré coió” (ver letra ao final do relatório) e suas variações de personagem e brincadeiras como máscara, rio, boca do jacaré, rabinho do jacaré com jornal etc.).
A terceira atividade foi a música do vaso quebrado. Ainda nesse momento, foi mostrada a flauta produzida com a mangueirinha de gás, quando Rafael fez demonstrações de como tocar (crianças tem dificuldade em soprar para baixo) e como fazer.
            A próxima música foi a IAPO em que ficou esclarecida e debatida a questão da flexibilidade, por essa música por ser de fácil adaptação e condução em diferentes grupos infantis devido ao ritmo poder ser intensificado ou não de acordo com a faixa etária. E que também coloca os professores à prova, demonstrando que até os adultos mediadores estão entregues à brincadeira e que não são perfeitos em seus atos.
Após o intervalo e já na parte final do encontro, o Professor abriu novamente a temática das experiências a serem compartilhadas, assim os professores presentes poderam expor as brincadeiras musicais que desenvolviam nas suas aulas,  possibilitando uma ampliação do repertório de brincadeiras dos mesmos. Alguns professores relataram que essas trocas de experiências com esse temática ajudou positivamente para seu trabalho pedagógico nas unidades.
O outro relato veio de outra professora que trabalha na região de Canasvieiras, mencionou que cerca de 40% da turma é de família de outros países da América Latina, como Colômbia, Argentina e Uruguai, e que esta música é muita válida para o grupo dela, pois além de trazer memórias e identidade dos países nativos, introduz outros elementos da cultura de Florianópolis.
Por fim, o Professor Rafael mostrou como se faz um chocalho com rolo de papel higiênico, miçangas ou arroz, fita adesiva, grampeador e canetinhas.

Encaminhamentos:

A oficina encerrou-se às 12 horas, e o tema previsto para o encontro do dia 23.09 será Avaliações.
Segue abaixo a letra de algumas brincadeiras ensinadas na Oficina.

Vaso Quebrado (Olaria do Povo)
"(NOME DA PESSOA) vai ter que entrar
na olaria do povo
Lucas vai ter que entrar
na olaria do povo
Ele desce como um vaso velho e quebrado
e sobre como um vaso novo
Ele desce como um vaso velho e quebrado
e sobre como um vaso novo"

Jacaré Poio

Eu sou eu sou eu sou
Eu sou jacaré poio
Eu sou eu sou eu sou
Eu sou jacaré poio
Sacode o rabo jacaré
Sacode o rabo jacaré
Eu sou jacaré poio

Iapô
Iapô iá iá ê ê ê
Iapô iá iá ê
Iapô iá iá
Iapô e tuqui tuqui
Iapô e tuqui tuqui ê...

Link sugerido por uma professora:

Relato do dia 12 de Agosto de 2014 – Formação Continuada de Professores da Rede de Florianópolis

No dia 12 de agosto de 2014, às 8 horas, teve início o Encontro da Formação Continuada dos Professores de Educação Física da Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis.
O encontro contou com a presença de aproximadamente cinquenta professores, bem como de dois bolsistas da UFSC. Foi ministrado pelo professor Jaison Bassani, e teve como pauta principal a continuação da temática da Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil. Teve como base no documentário Babies, que fora exibido no encontro do dia 06 de maio.
            Inicialmente o professor Jaison relembrou dos encontros anteriores, desde o Documentário Babies até a teorização da temática aprendizagem e desenvolvimento, por meio do material apresentado na lousa visual. Partindo do documentário, questionou interpretações de aprendizagem e o desenvolvimento na prática pedagógica, retomando questionamentos do encontro anterior:
·       De onde provém minha concepção de aprendizagem?
·       De onde provém minha concepção de desenvolvimento?
·       De que modo estes conceitos são considerados em minha prática pedagógica? Nas escolhas que faço ao organizar o momento de Educação Física, bem como os demais momentos de educação do corpo na Educação Infantil?
Seguindo como no encontro anterior, fez mais três perguntas quanto aos conceitos de aprendizagem e desenvolvimento:
  1. São processos idênticos?
  2. São processos Independentes?
  3. São processos Diferentes e relacionados? 
A partir dessas perguntas, o professor Jaison relembrou as diferenças entre cada um desses processos, como consta detalhadamente no relatório do encontro anterior (01/07/2014, relatório disponível em < http://efinfantil.blogspot.com.br/2014/11/relato-do-dia-01-de-julho-de-2014.html >). Em seguida, ao retomar o ponto em que havia parado no encontro anterior, nos processos diferentes e relacionados, iniciou na questão dos planos genéticos e desenvolvimento. 

a) Filogênese: refere-se à história da espécie. Define limites e possibilidades de desenvolvimento da espécie humana.
b) Ontogênese: é a história do indivíduo (o indivíduo da espécie e sua passagem pela vida).
c) Sociogênese: refere-se à história cultural. Junto com o pertencimento filogenético e com o nosso percurso pela vida temos um alinhamento histórico-cultural. Os limites e possibilidades estarão em diálogo e serão também constituídos pelo contexto cultural.
d) Microgênese: relacionada à história do sujeito singular (não à ontogênese, porque esta é universal).

Um exemplo: a puberdade é biológica, mas a adolescência é determinada de forma histórico-cultural. Nenhum ser humano existe fora do contexto histórico. O ser humano já nasce interpretado. Exemplo é nascer menina: as possibilidades serão potencialmente diferentes do que ter nascido menino. Trata-se de uma leitura cultural da filogênese e da ontogênese.
A microgênese, por sua vez, elimina a possibilidade de uma interpretação biologicamente determinista (por ex: a criança age assim porque tem 05 anos).
Partindo da teorização e aprofundamento na aprendizagem e no desenvolvimento, o professor Jaison apresentou-os vistos pela Antropologia, campo disciplinar que busca estudar as racionalidades, as sociedades e as culturas a partir do seu próprio ponto de vista. Como a história da disciplina mostra, trata-se de uma ciência que busca a tradução cultural o que, em consequência, implica a mediação entre margens culturais.
Na oficina reafirmamos que não há uma idade única para o aprendizado cultural: não apenas as crianças aprendem, mas os adultos não cessam de aprender; aprendizagem não se faz apenas por via consciente e racional, mas também por meio de outras maneiras de conhecer e aprender.
O desenvolvimento não é universal, ele também é feito, produzido cotidianamente, moldado a partir da nossa experiência em determinada cultura. Aquilo que os antropólogos vêm chamando de cultura não pode deixar de lado esse elemento "corpo" sob o qual se assentam as culturas, e esse corpo que se constitui ao passo da vivência cultural.
            Que concepções de corpo são mobilizadas nessas relações entre desenvolvimento e aprendizagem?
·       Corpo organismo (dimensão anátomo-fisiológica);
·       Corpo como construção histórico-cultural.

De que corpo(s) trata a Educação Física na Educação Básica, incluindo a Educação Infantil?

Uma reflexão final...

“É necessário reconciliar a continuidade do processo evolutivo com o entendimento de que vivermos uma vida que se coloca além do “meramente animal”. Isso não pode ser realizado pela redução do estudo da humanidade seja a uma pesquisa da natureza e evolução da espécie homo sapiens, seja a uma investigação da condição humana conforme manifestada na cultura e na História. Nossa meta deveria transcender a oposição entre essas concepções que têm se mantido tradicionalmente como territórios exclusivos da ciência natural e das humanidades. Em outras palavras, precisamos estudar a relação entre seres humanos e ser humano” (VAZ et al., 2014, p 56 apud INGOLD, 2010).

As atividades foram encerradas aproximadamente às 12 horas.

Referência


VAZ, Alexandre F.; RICHTER, Ana C.; BASSANI, Jaison. J. Aprendizagem e Desenvolvimento. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2014. 56 slides: color. Slides gerados a partir do software Power Point.

Relato do dia 01 de Julho de 2014 – Formação Continuada de Professores da Rede de Florianópolis

No dia 01 de julho de 2014, às 08:00 horas, teve início o Encontro da Formação Continuada dos Professores de Educação Física da Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis. O encontro contou com a presença de aproximadamente trinta professores, bem como de dois bolsistas da UFSC.  O encontro contou com a presença do professor Jaison Bassani e teve como pauta principal a continuação da temática da aprendizagem e do desenvolvimento infantil com base no documentário visto no encontro anterior (06 de maio) chamado Babies. Uma especial atenção foi destinada a questões antropológicas. Houve também discussões sobre relações entre Ciências Naturais e Sociais, que parecem se encontrar e se complementar.
            Inicialmente o professor Jaison relembrou o conteúdo do documentário Babies e a partir dele acrescentou elementos teóricos para interpretarmos a aprendizagem e o desenvolvimento na prática pedagógica. Após isso e a apresentação de concepções de Aprendizagem e desenvolvimento, o professor Jaison questionou os professores com as seguintes questões:
·       De onde provém minha concepção de aprendizagem?
·       De onde provém minha concepção de desenvolvimento?
·       De que modo estes conceitos são considerados em minha prática pedagógica? Nas escolhas que faço ao organizar o momento de Educação Física, bem como os demais momentos de educação do corpo na Educação Infantil?
Prosseguindo, fez mais três perguntas acerca dos conceitos de Aprendizagem e Desenvolvimento:
  1. São processos idênticos?
  2. São processos independentes?
  3. São processos diferentes e relacionados?
A partir dessas indagações, Jaison acrescentou que essas relações devem trazer elementos reflexivos e inovadores para a prática pedagógica. Para melhor entendimento da estrutura apresentada, foi destacado que os ciclos históricos evolutivos das Ciências Naturais e Sociais percorrem caminhos da seguinte forma:


DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM


Avançando com base na perspectiva em questão, foi destacado que as estruturas internas x meio ambiente exterior, possibilitam uma reflexão que alimenta as práticas pedagógicas no sentido de que: “O ser humano não é natural, pois adapta o meio às suas necessidades, e não o contrário.” Um exemplo vivo dessa perspectiva é a construção de cidades.
Em seguida, o professor perguntou qual seria a característica que diferenciava o ser humano dos demais animais, a resposta veio de imediato, “o pensamento”. Os meios e as formas de pensar não são originados pela natureza, mas sim, pelos contatos e convívios sociais, e a comunicação e a linguagem possuem significados, verbalizados ou não (linguagem corporal e outras), que expressam e transmitem valores e promovem formas de convívios em sociedade. Complementarmente, o falar, o pensar e o andar, fazem parte do processo de desenvolvimento comum em diversas culturas e foram relacionadas as quatro diferentes vivências do filme.
Entrando nas Ciências Sociais, a primeira área mencionada foi a Psicologia (pergunta nº 1), momento em que foi apresentada nos slides a perspectiva segundo a qual o processo de desenvolvimento e aprendizagem acontece de forma idêntica. Algumas teorias behavioristas como a de Pavlov, Skinner etc. foram lembradas de forma resumida, segundo eles os estímulos e respostas dependem de recompensas, sejam elas positivas ou negativas. Elas seriam mensuráveis, pelas condutas manifestas dos indivíduos observados.
Já como processos independentes (pergunmta nº 2), ficou destacado que os estágios das crianças envolvidas nas atividades pedagógicas deve ser respeitado da forma mais individualizada possível. Ou seja, para que a aprendizagem realmente ocorra, e não prejudique o desenvolvimento, é conveniente que as fases e condições dos sujeitos proporcionem elementos comportamentais para os professores subsidiarem seus métodos e realizarem suas ações e condutas. Nesse slide, o trecho enfatizado foi de que os ciclos de desenvolvimento, na maioria das vezes, antecedem os ciclos da aprendizagem.
Os processos diferentes e relacionados (pergunta nº 3) afirmam que o desenvolvimento e a aprendizagem são diferentes, porém articulados entre si, numa relação dialética: a aprendizagem influencia o desenvolvimento, assim como o desenvolvimento influencia a aprendizagem. A aprendizagem não é, em si mesma, desenvolvimento, mas a organização da aprendizagem da criança conduz ao desenvolvimento, ou ativa todo um grupo de processos de desenvolvimento e esta ativação não poderia produzir-se sem a aprendizagem.
Por fim, o Professor Jaison indicou que fosse assistido o vídeo “O corpo humano – parte III”. O link foi repassado por email aos professores que estão no cadastro de e-mails do Grupo Independente.

As atividades foram encerradas aproximadamente às 12 horas.

Referência:

VAZ, Alexandre F.; RICHTER, Ana C.; BASSANI, Jaison. J. Aprendizagem e Desenvolvimento. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2014. 56 slides: color. Slides gerados a partir do software Power Point.

Relato do dia 24 de junho de 2014 – Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física

         No dia 24 de junho de 2014, às 9 horas, aconteceu mais um Encontro de Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física. O encontro foi destinado à continuação da Oficina de Brincadeiras Musicais ministrada o pelo Professor Rafael Spinelli, com a presença de 11 professores, 02 bolsistas de extensão que atuam no Grupo Independente, além de 03 bolsistas do PIBID do Curso de Educação Física da UFSC, que participaram sob a orientação da Profª Adriana. A Oficina ocorreu novamente na sala de oficinas da CEC, conhecida popularmente como Casarão.
            Inicialmente o Professor Rafael agradeceu a presença dos professores e bolsistas presentes e propôs uma atividade já no início do encontro para estimular e animar os assistentes, que foi a da música coreografada do Iapô, ensinada no encontro anterior.
No segundo momento o professor relembrou o que havia sido apresentado no encontro anterior, pois alguns professores que estavam presentes no encontro deste dia não estiveram na primeira oficina. Sendo assim, ele relembrou a diferenciação das denominações de brincadeiras musicais, cantigas de roda, cirandas [...]. Além de quando e como empregar as brincadeiras musicais, os objetivos e a importância de adapta-las à realidade dos contextos trabalhados.
            Num terceiro momento o professor Rafael exibiu vídeos de aulas que ministrou no G6, trabalhando as brincadeiras musicais. Em seguida, apresentou um instrumento simples e pequeno que consegue imitar o som de um saxofone, ele é feito com uma parte da cabaça, mesma matéria prima da cuia de chimarrão. Também apresentou outro instrumento, mas ainda em construção, uma flauta feita com pequenos pedaços de mangueira (tipo de gás de cozinha). Ele informou que no site de vídeos Youtube há vários tutoriais que ensinam como fazer instrumentos que permitem criar sons variados e que podem auxiliar durante as brincadeiras musicais. Para encontrar os vídeos seria digitar no campo de pesquisa do site: Metalafones de Cantoneira, Instrumentos recicláveis e  Barbatuques (sons produzidos pelo corpo).
            Como término das discussões sobre o vídeo da aula e sobre os instrumentos, foi realizada outra brincadeira com musical para encerrar a Oficina. Ao final foram mencionadas pelo professor Rafael as Orientações Curriculares da Prefeitura Municipal de Florianópolis, especificamente o capítulo “Linguagens Corporais e Sonoras”, momento em que foi passado o documento para observação e indicado para consulta no site http://portal.pmf.sc.gov.br/entidades/educa/index.php?cms=proposta+e+orientacoes&menu=7

Encaminhamentos

Após a Oficina, verificamos que a pauta do encontro do dia 26.08 ainda estava sem definição e destacamos duas possibilidades: Se possível a continuação da Oficina de Danças da Cultura Popular com Professor Reonaldo, e caso não seja possível, o Professor Rafael Spinelli se colocou à disposição para realizar uma troca de experiência com Brincadeiras Musicais.
Referências??
  • CUNHA, Suzana Rangel Vieira. Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 1999.
  •  JOSÉ, Elias. O homem dos sete mil instrumentos e mil e uma alegria. São Paulo: Escala Educacional, 2003. 16 p. (Coleção Pedrinha Mágica). 
Segue abaixo a letra de algumas brincadeiras ensinadas na Oficina.

Iapô
Iapô iá iá ê ê ê
Iapô iá iá ê
Iapô iá iá
Iapô e tuqui tuqui
Iapô e tuqui tuqui ê...

Referências:

Letras das Brincadeiras musicais: www.vagalume.com.br



Gabriel e Karoliny

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Relato do dia 10 de junho de 2014 – Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física

            
          No dia 10 de junho de 2014, às 9h, aconteceu o Encontro de Formação de Professores do Grupo Independente de Educação Física. O encontro foi destinado a Oficina de Brincadeiras Musicais ministrado pelo Professor Rafael Spinelli, com a presença de 12 professores, 2 bolsistas de extensão que atuam no Grupo Independente, além de 3 bolsistas do Pibid do Curso de Educação Física da UFSC que participaram sob a orientação da Profª Adriana. A Oficina ocorreu na sala de oficinas na CEC, conhecida popularmente como Casarão.
            Primeiramente o Professor Rafael se apresentou, falou sobre sua formação e as unidades em que trabalha e sobre sua experiência com recreação, destacada por ele como facilitador para seu trabalho na Educação Infantil –mesmo com as diferenças de objetivos de cada ambiente de trabalho.
            Com a proposta de movimentação inicial, o professor ministrante propôs uma brincadeira que consistiu na interpretação da música e a inserção das articulações, partes do corpo e membros do corpo na letra: “Eu tenho a junta do meu corpo toda mole, não me mole, não me mole. Eu tenho a junta do meu corpo toda mole, não me mole, não me mole”.
            Em seguida, o Profº Rafael abordou a questão da denominação, apresentando as diferenças entre cirandas e cantigas de roda.

Cirandas: A "Ciranda" é uma dança típica das praias que começou a aparecer no litoral norte de Pernambuco. Surgiu também, simultaneamente, em áreas do interior da Zona da Mata Norte do Estado. É muito comum no Brasil definir ciranda como uma brincadeira de roda infantil, porém na região Nordeste e, principalmente, em Pernambuco ela é conhecida como uma dança de rodas de adultos. Os participantes podem ser de várias faixas etárias, não havendo impedimentos para a participação de crianças também. Caracteriza-se pela formação de uma grande roda, geralmente nas praias ou praças, onde os integrantes dançam ao som de ritmo lento e repetido.
As “Cirandinhas" como o próprio nome sugere são um grupo de canções que surgiram à partir das adaptações das canções adultas, como as cirandas, e passaram pela adaptação para o universo infantil, seja pela própria interação com a criança, seja pela características de pais e avós que às usam no ninar de pequenos e às infantilizam para tanto. É comum que estas canções se unam e se fundam umas às outras, sofrendo alterações de acordo com a região e características culturais locais.
Cantigas de roda: são uma manifestação do brincar infantil onde tipicamente as crianças formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias simples e folclóricas, de ritmo limpo e rápido. As letras destas canções contam com características da cultura local, com letras de fácil compreensão e assimilação quase que imediata. Em sua maioria foram aprendidas com os pais, avós ou colegas de brincadeira. Acredita-se que tais melodias podem ter origem em músicas modificadas de um autor popular, muitas vezes surgindo através de autoria coletiva, iniciando anonimamente entre a população.
O professor propôs que construíssem juntos os objetivos do trabalho com Brincadeiras Músicas na Educação Infantil e após apresentou duas questões:  Quando e como empregar.

      Objetivos
  • Romper os rótulos corporais/preconceitos;
  • Ritmo;
  • Comunicação;
  • Ampliar os repertórios de Brincadeiras das Crianças;
  • Consciência Corporal;
  • Interação Social- Cooperação;
  • Criatividade de Movimento.
 Quando empregar?
  • Para iniciar uma aula (Quebra Gelo);
  • Durante a aula para desenvolver algum tema que quer ser trabalhado;
  • Para terminar uma aula;
  • Entre outras...

Como empregar?
  • Projeto na Escola;
  • Propor interação entre as unidades próximas e fazer um repasse de cultura, informação, socialização entre os alunos das instituições.

Alguns pontos mais debatidos e reforçados no encontro foram: a dança circular, ritmo, preconceitos acerca das formas de dançar como sexualidade, consciência corporal e aumento do repertório de brincadeiras.
Detalhando as contribuições por temas, a dança circular evidenciou-se como brincadeira sem compromisso e de grande utilidade para os professores, pois é praticada de forma espontânea, em grupo e que possibilita a imitação pelos sentidos como audição e visão dos gestos e cantorias dos participantes, sendo encarada descontraidamente pela maioria. Já o ritmo, que está implícito e presente nas danças e também em várias brincadeiras cantadas, é útil para manter o foco do grupo, chamá-los e aquecê-los para o início da atividade, aumento do repertório motor e propriocepção. Por fim, é uma valência que deve ser utilizada tanto para aprimoramento técnico, bem como para motivação e bom andamento das brincadeiras até que se atinjam os objetivos propostos.
Uma das partes mais polêmicas debatidas no encontro foi a questão de como argumentar e superar os rótulos e costumes envolvidos nas danças e a sexualidade. Em relação à questão de gênero, é preciso superar o preconceito dos meninos de que a dança é algo feminino e somente para elas. Neste ponto, é preciso perceber quais estilos musicais serão trabalhados e suas coreografias, sendo ideal selecionar o repertório com base em músicas que não reproduzam gestos obscenos divulgados pela mídia. Uma outra visão apresentada pela professora Adriana é de que as crianças, independente de gênero e classe social, possuem o direito de serem instigadas a se perceberem de forma a conhecerem suas diferenças, pois a sexualidade está presente na vida delas querendo ou não, em atos como amamentar, chupar o dedo etc.
Os objetivos das brincadeiras de danças relacionadas ao desenvolvimento cognitivo e corporal foram debatidos e apresentados no sentido de que, primeiro, muitas letras de músicas reproduzem parte da cultura e tradições dos povos e instigam a curiosidade e criatividade por parte das crianças e que podem ser trabalhados de forma reforçada e complementar em sala com pesquisas e projetos. Ampliando essa temática de aprendizagem, o repertório motor (coordenação) e a noção de tempo e espaço são trabalhados constantemente, bem como o contato com o próximo que envolve questões afetivas e sociais.

Concluindo o encontro, o Professor Rafael indicou dois livros para complemento da temática:
  •  CUNHA, Suzana Rangel Vieira. Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 1999.
  •  JOSÉ, Elias. O homem dos sete mil instrumentos e mil e uma alegrias. 1ª Edição. São Paulo: Escala Educacional, 2003. 16 p. (Coleção Pedrinha Mágica). 
Segue abaixo a letra de algumas brincadeiras ensinadas na Oficina.

Merequetê

Merequetê, merequetê
Merequetengue, tengue, tengue
Merequetengue, tengue, tengue

Esquindolelê

Entra na roda, esquindolelê
Entra na roda, esquindolala
Vai mexendo o braço, esquindolelê
Vai mexendo o braço, esquindolala
.....
Trem I

Piuí Piuí Piuí
Coloca a mão no meu ombro
Piuí Piuí Piuí
Não deixa o trem descarrilhar
Eu sou a maquina
E vocês são os vagões
E os passageiros são os nossos corações ...

Trem II

Eu vou andar trem,
Você vai também
Só falta comprar a Passagem do velho trem
Passagem do velho trem
PAROU !

Iapô

Iapô iá iá ê ê ê
Iapô iá iá ê
Iapô iá iá
Iapô e tuqui tuqui
Iapô e tuqui tuqui ê..
.
Pulguinha

Tava dormindo quando algo aconteceu..
Veio uma pulguinha e a danada me mordeu! ACORDA!!!
Pula pulguinha, pula danada...
Pula sua pulguinha, que pulguinha assanhada!!

Merequetengue

Merequete
Merequete
Merequetengue tengue tengue
Merequetengue tengue tengue

Pipoquinha

Uma pipoca puxa assunto na panela
Outra pipoca vem correndoconversar
Ai começa um tremendo falatório
E ninguém mais consegue escutar
É um tal de Ploc!
Ploploc! Ploc! Ploc!
Ploploc! Ploc!
Ploc!
Ploploc! Ploc! Ploc!
É um tal de Ploc!
Ploploc! Ploc! Ploc!
Ploploc! Ploc!
Ploc!
Ploploc! Ploc! Ploc!

Referências:

Letras das Cantigas de Roda: www.vagalume.com.br
Definição das Cantigas e Cirandas.  http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/noticias/makepdf.php?storyid=476