Caros colegas, este Blog tem como objetivo servir de ferramenta para os participantes da Formação Continuada dos Professores de Educação Física atuantes na Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis, promovendo através de seu acesso a socialização de materiais e comunicação efetiva entre todos os professores.

Sejam bem-vindos !

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Relatório do dia 20/09/2011 - Formação Continuada dos Professores da Rede Municipal de Educação de Florianópolis

No dia 20 de setembro às 09h e 20min, deu-se início o encontro do Grupo Independente (GI). Participaram do encontro um total de nove (9) professores, bem como duas bolsista do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq).
O tema do encontro foi o Relato de Experiência da professora Adriana Maria Pereira Wendhausen, que atua no NEI Dra. Zilda Arns Neumann localizado no bairro Carianos, o Relato foi intitulado “Problematização das Experiências Realizadas nas Aulas de Educação Física com Crianças de Zero a Três Anos”.
Adriana começou seu relato compartilhando algo que lhe ocorria enquanto organizava sua apresentação – feita em PowerPoint com escritos e muitas fotos das aulas – que foi a reflexão sobre o trabalho realizado, como utilizou os espaços, como as crianças participaram e quais as especificidades de cada idade em determinadas atividades.
A professora, que trabalha na rede municipal de ensino há 22 anos, especificamente na educação infantil há 18, e naquela unidade há 8 (qando tinha ainda a antiga denominação), atende oito grupos, totalizando 153 crianças. O NEI Dra Zilda Arns Neumann foi inaugurado no ano passado, recebendo profissionais e crianças do antigo NEI Carianos, que funcionava em uma casa adaptada. O novo NEI conta com grande infra-estrutura, além de espaços muito ricos para as aulas de Educação Física, a obra foi realizada com recursos do MEC e da Prefeitura Municipal de Florianópolis.
As atividades de Educação Física na instituição são organizadas a partir dos temas: Dança, Ginástica e Jogos e Brincadeiras. Primeiramente Adriana apresentou uma experiência que está realizando com as crianças de zero (0) a um (1) ano, a massagem. Segundo ela, é preparado um ambiente com colchões, quando então a professora conversa e pergunta para as crianças se querem receber massagem. Quando uma se interessa e começa a ser massageada (com um óleo relaxante específico para bebês), outras vão se aproximando e se interessando. A professora traz som e músicas propícias para a atividade e esta acontece no ritmo das crianças. É possível notar que algumas crianças se sentem incomodadas com o toque, já outras relaxam profundamente. Quando está frio não se faz necessário tirar toda a roupa dos pequenos, pode-se começar pelos pés e pernas movimentando por dentro das vestimentas, assim é possível dar atenção a um maior número de crianças.
Sempre mostrando fotos das atividades e comentando-as, Adriana começou a relatar sua experiência com a dança, ela costuma trabalhar muito com cirandas e boi-de-mamão, estas atividades ocorrem pelo menos uma vez ao mês e são realizadas com todos os grupos, no caso do boi-de-mamão ocorre uma adaptação do material, sendo que com os grupos menores os personagens do boi são de fantoche.
Nas cirandas são utilizados instrumentos musicais, aparelho de som, microfones, CDs, sendo o espaço previamente organizado e tendo uma conversa com as crianças sobre a proposta que será desenvolvida. Canções selecionadas pela professora são cantadas, dançadas e brincadas de diferentes formas pelas crianças. Conforme a idade do grupo as cirandas são mais complexas, com passos diferentes e músicas mais longas.
O boi-de-mamão é outra possibilidade no tema dança. Faz parte da cultura açoriana e encanta as crianças. Elas brincam, cantam, interpretam os personagens da história que tem como foco central a morte e ressurreição do boi. Com alguns grupos a história é modificada por eles mesmos e toma outro rumo, na qual a brincadeira fica mais interessante para os pequenos. O Boi é sempre realizado com um grupo por período (mnhã – tarde) tendo em vista a organização necessária para realização da brincadeira. Algo notável nas fotos e relatos é a participação das professoras de sala nas atividades. Sempre que possível Adriana é auxiliada por suas colegas, fato este que ainda é muito questionado em algumas instituições, por haver a mentalidade de que a aula de Educação Física é o momento do café ou do descanso para as professoras de sala.
No tema ginástica, Adriana promove atividades que proporcionam experiências com saltos (sobre colchões, sobre cordas), caminhar, correr, rastejar, trabalho de equilíbrio em cordas e sobre objetos, e rolamentos. As brincadeiras são organizadas dentro da instituição e também fora dela, por meio de saídas e passeios, como por exemplo a ida aos campos de futebol vizinhos ao NEI. É uma grande oportunidade de conhecer novos lugares e experiências.
Por fim Adriana apresentou o tema jogos e brincadeiras, nele ela trabalha com jogos da cultura açoriana, de outras culturas, criação de brincadeiras (a partir do uso/criação de materiais/objetos/brinquedos diversos), brincadeiras com bolas (de sabão, de plástico, de meia, de borracha, de couro; pequenas, grandes, médias; leves e pesadas; para soprar, para lançar, para chutar, para rolar), com arcos (para arremessar, para rolar, para bambolear), de arrastar/empurrar/puxar (nas caixas, na cama rolante) e com bicicletas. Muitos dos materiais utilizados nas atividades foram comprados pela própria professora, outros foram doados e alguns adquirido pela instituição.
Adriana contou a história de uma brincadeira criada em conjunto pela professora de Educação Física, professoras de sala e crianças, “cama rolante”. Ela consiste em enfileirar no chão canos grossos de papelão (doados por uma Mãe e pintados pelas crianças), e sobre eles estender um pano grande com travesseiros, ai então três (3) crianças devem deitar sobre o tecido que será puxado pelas demais, desta forma elas rolam/deslizam sobre os rolos.
Ocorre também o encontro de bicicletas. É enviado um bilhete aos pais convidando que as crianças tragam suas bicicletas, o NEI também possui algumas. Esta atividade ocorre de duas (2) a três (3) vezes por ano e tem como objetivo a cooperação, as trocas, solidariedade e desafios.
Durante o encontro foi discutida a importância da conservação dos materiais, e foi questionado se professora Adriana tinha horários definidos para suas aulas. Ela respondeu que os horários são organizados anteriormente, podendo ser de duas (2) a quatro (4) horas, dependendo da atividade proposta e sempre considerando a rotina das crianças.
Adriana finalizou o encontro lembrando que o trabalho construído não é dela, mas, sim, de todos os professores de Educação Física da Rede Municipal de Educação.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Relatório do dia 13/09/2011 - Formação da Rede Municipal de Educação de Florianópolis

No dia 13 de setembro de 2011, às 08h e 15min, teve início o Encontro de Formação Continuada da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. O encontro contou com a presença de 27 professores, bem como de duas bolsistas do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq).
O encontro foi coordenado por Michelle Carreirão Gonçalves e teve como tema Acompanhamento, sistematização e análise de experiências em Educação Física (EF) na Educação Infantil (EI): instrumentos, métodos, distintas narrativas e memórias. Segundo Michelle é importante, antes de falar sobre o tema, saber o que os documentos norteadores da Educação Infantil têm a dizer sobre o assunto. Ela fez um destaque à Resolução nº 5 Art. 10 de 17 de dezembro de 2009 (MEC), que diz respeito ao acompanhamento e avaliação do trabalho pedagógico. Estes têm por objetivo: observação crítica, pensar e repensar o trabalho pedagógico; múltiplos registros, devido à grande complexidade da realidade dentro da EI, desta forma apenas o registro escrito pode não ser suficiente; relação das famílias com a instituição. O outro documento citado por Michelle foi o das Diretrizes Educacionais pedagógicas para EI (PMF), que fala mais especificamente sobre a necessidade de “ampliação, diversificação e sistematização das experiências e conhecimentos das crianças.”
Seguindo sua fala, Michelle apontou alguns elementos a serem considerados nos registros, foram eles:
• Espaços: descrever quais são os espaços e suas características, como e por que eles foram utilizados, como as crianças se apropriaram dele, entre outros elementos. Segundo ela o espaço determina a prática/dinâmica, porém não inviabiliza outras formas de sua utilização.
• Materiais: descrever que materiais havia, de que forma eles foram utilizados, como eles foram apropriados pelas crianças.
• Encontro com os pares e com os outros: quais são, como e quando ocorrem as interações.
• Auscultação: com se dá o processo de “ouvir” (mas não apenas com o ouvido) o que as crianças estão trazendo de novo, saber se colocar a partir do que elas apresentam.
• Ampliação, diversificação e sistematização das experiências e conhecimentos das crianças: perguntar-se em que medida isto realmente está ocorrendo em nossas práticas pedagógicas.
• O brincar: descrever como ele ocorre. É importante observar isso a partir de uma real aproximação às crianças, de um acompanhamento, “juntar-se ao brincar delas”. Se o brincar é um dos eixos importantes do trabalho pedagógico, é preciso observar e acompanhar cada criança, dentro do possível, para verificar quais brincadeiras e brinquedos foram preferidos, com quem e como brincaram, se brincaram de faz de conta, se experimentaram alguma nova brincadeira.
• Registro de falas das crianças.
• Intercâmbio de informações em reuniões pedagógicas.
Michelle destaca que esses elementos são fundamentais também no planejamento, e que as questões não precisam estar presentes ao mesmo tempo em um mesmo registro.
O próximo ponto apresentado no encontro foi referente às perguntas a serem feitas pelos professores em relação às crianças, pontos a serem observados por eles no decorrer do trabalho pedagógico:
• Como a criança reage à presença dos diferentes adultos que interagem com elas? Essa pergunta em particular gerou muita discussão, um professor comentou que em suas aulas não ocorre a presença das professoras de sala, segundo ele “este é o momento de elas recarregarem suas baterias”, pois muitas vezes ficam sobrecarregadas. Uma professora destacou que é importante uma parceria com os professores de sala e não um enfrentamento. Segundo ela, a sobrecarga de trabalho tem que estar presente na pauta da discussão da instituição, afirmando também que “Os problemas da sala de aula não são exclusivos dos professores e auxiliares, mas sim da instituição.” Outra professora comentou o quão importante é, em sua opinião, a participação dos professores de sala nas aulas de Educação Física (EF). Ela afirmou que nesses momentos é possível haver uma conversa entre os professores, que as atividades fluem melhor com o auxílio, e ao mesmo tempo isso não sobrecarrega a professora de sala, já que, quem está coordenando tudo é a professora de EF. É importante sempre lembrar que não é a “minha” criança, e sim a “nossa”, sendo todos responsáveis pela educação dela. Este foi um tema polêmico no encontro, por conta, justamente, do número elevado de professores. Eles, na maioria, não participam das discussões realizadas no Grupo Independente, nem na própria formação oferecida pela Secretaria Municipal. Naquele momento foi possível observar como há divergências a respeito da dinâmica das instituições com relação à EF. Enquanto em alguns lugares o trabalho dos professores dessa área já tem grande legitimidade e uma forma específica para lidar com os pequenos, em outros lugares há ainda em outros muitas dúvidas, inseguranças e também resistências, funcionando ainda o modelo escolar.
Continuando a discussão sobre o assunto, Michelle comentou que pode ser importante, também para a professora de sala, estar presentes nos momentos da EF, em momentos de “liberdade” das crianças, não no sentido de elas fazerem o que bem entender, mas sim no de proporcionar certa libertação do espaço circunscrito da sala de aula. São esses momentos importantes também para as professoras de sala, pois oportunizam o estabelecimento de novas relações com as crianças (quando brincam com elas em outros espaços, como no parque, por exemplo; ou quando se colocam em outro lugar que não o da professora que coordena tudo o tempo inteiro, pois durante a EF é outro profissional que ocupa esta posição), com seus próprios corpos (quando as professoras sentam na grama ou na areia, sujam suas roupas e mãos, rolam no chão com as crianças, enfim, coisas que, no geral, não fazem ou fazem muito pouco) e também com os outros adultos que trabalham com ela, como a auxiliar e o professor de EF, por exemplo (este momento pode criar um espaço para o diálogo, para a troca, para o pensar e planejar juntos o trabalho com as crianças, para diminuir a dinâmica solitária de trabalho, para solucionar problemas, e também para passar um bom momento – por que não?). Segundo ela, é importante criar uma nova relação entre os professores. Um professor pediu a palavra para destacar, sob seu ponto de vista, quais os pontos positivos e negativos da presença da professora de sala nas aulas de EF. Como ponto negativo ele citou a perda da autoridade, já que muitas vezes o professor de EF estaria tentando explicar alguma coisa para a criança da maneira mais calma possível e do seu modo, de repente chega a professora de sala “berrando” e interferindo no quadro. Como ponto positivo, ele destaca o auxílio que elas proporcionam, pois geralmente são muitas crianças. Todos concordaram que a situação fica ainda mais complicada quando se é ACT e a cada ano se está em uma instituição diferente. Uma professora reafirmou que é preciso haver um diálogo entre toda a instituição e que a EF tem que estar presente no PPP, com seus objetivos bem claros.
Outras possíveis perguntas a serem observadas com relação às crianças para elaboração dos registros são:
• Como reage à presença de outras crianças e que reações provoca nas outras crianças? Pensar quais são as possíveis respostas da professora para aquela reação das crianças.
• Que atitudes adota quando brinca sozinha ou com os companheiros? Analisar como se dão as relações durante a brincadeira.
• Como responde às perguntas feitas pelo professor? Perceber se elas são resistentes, se respondem como o professor esperava.
• Por que tais temas e/ou objetos mais se interessam?
• Que tipo de relação estabelece com os elementos da natureza?
Foram discutidas também durante o encontro algumas questões que os professores devem fazer a si mesmos, para observação e questionamento se seu trabalho pedagógico, como:
• Realizo atividades com as crianças nas quais os saberes das famílias são considerados e valorizados?
• Disponibilizo materiais e oportunidades variadas que contemplem meninos e meninas, brancos, negros e indígenas e pessoas com histórico de deficiência?
• Ofereço objetos e brinquedos de diferentes materiais adequados e em quantidades suficientes às necessidades dos bebês e crianças pequenas?
• Utilizo situações cotidianas organizadas e inesperadas para que as crianças se ajudem mutuamente e compartilhem responsabilidades e conhecimentos em grupo?
• Combato e intervenho imediatamente quando ocorrem práticas que desrespeitam a integridade das crianças? Saber como lidar com conflitos entre criança/criança e criança/adulto; saber a hora certa de falar, para não tirar a autoridade do outro professor, quais as maneiras de mediar os conflitos, tudo isso é importante. De qualquer forma a atitude tomada tem que ser sempre no sentido formativo, o papel do professor é de educador. Um professor destaca que é importante, sim, dar limites às crianças, saber dizer não na hora certa, “não dizer não também é uma forma de violência.” Este ponto também foi bastante discutido, já que lidar com as formas de resistência e, muitas vezes também, de violência, dos pequenos, se apresenta como um grande problema para os professores.
Foi um encontro que contou com um número grande de professores e com uma participação efetiva deles, sendo um momento de muito aprendizado. Alguns pontos não puderam ser discutidos devido à falta de tempo.

sábado, 17 de setembro de 2011

PRÓXIMO ENCONTRO DIA 20.09.2011

Data: 20.09.2011


Horário: 09:00 - 12:00


Local: CEC (Eventos), na Rua Ferreria Lima 82 – Centro

Relatório do dia 06/09/2011 - Formação Continuada dos Professores da Rede Municipal de Educação de Florianópolis

No dia 06 de setembro às 09h35min, deu-se início ao encontro do Grupo Independente (GI). O encontro começou um pouco atrasado devido à chuva forte e à pequena quantidade de professores. Participaram do encontro um total de quatro (4) professores, uma intercambista vinda da Colômbia, bem como uma bolsista do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq).
Em um primeiro momento foi apresentado um relato da professora Inelve, que na semana anterior havia levado crianças do G5, da creche em que trabalha, para fazer uma apresentação do boi-de-mamão no NEI Ingleses. Ela apresentou suas impressões sobre a instituição e a organização do espaço, já que aquele era um dia atípico, em que a instituição estava comemorando os aniversários do mês.
Lisandra, professora do NEI Ingleses, responsável pelo convite, comentou que todos os presentes ficaram maravilhados com a organização do boi-de-mamão, com a composição dos personagens e a interação com público.
Essa conversa despertou o interesse de uma professora presente, que ficou curiosa por conhecer a dinâmica utilizada pela professora Inelve em suas aulas, para fazer com que o “Boi” fique tão interessante e divertido para as crianças, já que está tentando implantar essa atividade com suas turmas e não está tendo o retorno esperado. Inelve então comentou como planeja e trabalha o boi-de-mamão, a relação de organização das turmas, que dançam a cada quinze dias, e a parceria presente com a instituição como um todo, visto que este projeto já ocorre há bastante tempo.
Terminada essa conversa inicial, começou a ser abordado o tema do encontro, a discussão sobre o texto “Planejamento na Educação Infantil...Mais que a atividade. A Criança em foco” de Luciana Esmeralda Ostetto, já iniciado no encontro anterior.
Foi comentado o quão importante é o planejamento em conjunto, realizado por toda a instituição. Tomando como exemplo a atividade do boi-de-mamão, uma professora relata ter mais dificuldade para sua implementação por trabalhar sozinha, diferente do que ocorre na Creche Nossa Senhora Aparecida, em que o planejamento é feito em conjunto, com a participação de todos os professores e colaboração da instituição, tendo assim seus objetivos mais facilmente alcançados.
A Professora Verônica havia ficado responsável por apresentar o texto, inicialmente ela fez uma breve apresentação sobre a autora, depois apresentou resumidamente as cinco (5) perspectivas de planejamento presentes no trabalho: o baseado em “listagem de atividades”, por “datas comemorativas”, baseado em “áreas de desenvolvimento”, em “áreas de conhecimento”, por “temas”. Comentou também que devemos nos perguntar para quem e para quê estamos planejando. Deve-se ter em mente que o conteúdo é mais importante do que a forma com que o ele irá se apresentar, visto que, segundo a autora, uma das maiores dificuldades dos professores é saber como fazer.
Discutimos sobre o ato pedagógico principalmente na educação de crianças de zero a três anos, que se dá em todo momento desde a chegada das crianças até a hora de ir embora, e não somente quando se tem atividades. “Não é a atividade em si que ensina, mas a possibilidade de interagir, de trocar experiências e partilhar significados é que possibilita às crianças o acesso a novos conhecimentos.” (Machado, 1996, p. ). Todos os presentes concordaram que o profissional que trabalha com crianças deve gostar do que faz, ter gestos e posturas diferenciados, que incluam um pouco de delicadeza, carinho, pois há trocas afetivas e isso são vivências, aprendizagem. Devemos estar atentos aos pequenos e utilizar da escuta, importante para pensarmos e direcionarmos a prática educativa.
No momento seguinte foi discutido como as professoras planejam as idas ao parque. Uma das reclamações foi a falta de cuidado e incentivo das professoras de sala em relação às crianças quando estão brincando no parque. A grande maioria fica conversando, sentada ou os dois, enquanto a educadora física tem que organizar e cuidar da turma inteira.
Por fim, assistimos rapidamente um pedaço do vídeo da dança do boi-de-mamão na creche da professora Inelve.

Referência:
MACHADO, Maria Lúcia de A - Educação Infantil e currículo: A especificidade do projeto educacional e pedagógico para creches e pré-escolas.

domingo, 11 de setembro de 2011

PRÓXIMO ENCONTRO DIA 13.09.2011

Data: 13.09.2011


Horário: 08:00 - 12:00


Local: CEC (Eventos), na Rua Ferreria Lima 82 – Centro

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Relatório do dia 30/08/2011 - Formação Continuada dos Professores da Rede Municipal de Educação de Florianópolis

No dia 30 de agosto às 10h, deu-se início ao encontro do Grupo Independente (GI). Ele começou um pouco atrasado devido à falta de professores, inicialmente havia apenas dois (2), então foi decidido aguardar a chegada de demais integrantes. Participaram do encontro um total de três (3) professores, bem como uma bolsista do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq).
O encontro teve como tema a discussão do texto “Planejamento em Educação Infantil...Mais que Atividade. A Criança em Foco”, de Luciana Esmeralda Ostetto. Foram levantados alguns pontos referentes ao texto, um deles foi o fato de a autora fazer uma crítica ao planejamento baseado no crescimento e desenvolvimento das crianças. Uma das professoras presentes acredita que o planejamento deve conter novos elementos para contribuir para o desenvolvimento das crianças, através de atividades que desafiem as mesmas.
Foi mencionado que o planejamento não deve se basear somente em datas comemorativas, desenvolvimento da criança, lista de atividades..., mas deve considerar também a psicologia que, segundo a professora, caminha junto com a educação.
Dentre todos os tipos de planejamento presentes no texto, o mais discutido foi o baseado nas datas comemorativas, esse tópico em particular gerou muita discussão, já que elas são, dentro das instituições de Educação Infantil, geralmente, fortemente ligadas ao comércio e a religião (católica). Uma das Professoras contou que na creche em que trabalha a festa junina foi substituída, pela primeira vez, por uma festa cultural, quando cada grupo ficou com um tema/região que deveria ser apresentada, em alguns de seus elementos, para o grande grupo. Segundo ela foi uma proposta muito interessante e que deu certo, todos trabalharam juntos e a festa se tornou um momento muito rico para todos.
Todos concordaram com a autora quando ela afirma que se as festas ficarem se repetindo todos os anos o conhecimento não irá avançar, se tornará algo mecânico e fragmentado. Uma professora salientou o fato de que a questão não pode ser fechada, não se deve acreditar que as festas têm que acontecer porque as crianças gostam. As datas comemorativas podem, sim, ser trabalhadas, porém é necessária uma reflexão sobre cada uma delas.
As professoras acreditam que é preciso ir rompendo aos poucos com as festas comemorativas, por meio de pequenas atitudes como, por exemplo, não comemorar o dia da criança todo em uma semana, mas sim uma vez a cada semana durante o mês; não dar presentes às crianças, encontrar diferentes alternativas para tirar o caráter comercial daquela data.
Ao fim do encontro, observando que muitos elementos importantes do texto não haviam sido discutidos, devido a falta de tempo, foi decidido que na edição seguinte, em 06.09.2011, seria dada continuidade a discussão, no entanto com outra dinâmica. A Professora Verônica ficou responsável por fazer uma breve apresentação do texto e levantar as primeiras questões a serem discutidas.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PRÓXIMO ENCONTRO 06.09.2011

Data: 06.09.2011


Horário: 09:00 - 12:00


Local: CEC (Eventos), na Rua Ferreria Lima 82 – Centro

Pauta: Discussão de texto sobre planejamento.