Caros colegas, este Blog tem como objetivo servir de ferramenta para os participantes da Formação Continuada dos Professores de Educação Física atuantes na Educação Infantil da Rede Municipal de Florianópolis, promovendo através de seu acesso a socialização de materiais e comunicação efetiva entre todos os professores.

Sejam bem-vindos !

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

PRÓXIMO ENCONTRO DIA 30.08.2011

Data: 30.08.2011


Horário: 09:00 - 12:00


Local: CEC (Eventos), na Rua Ferreria Lima 82 – Centro

Pauta: Discussão de texto sobre planejamento, este será encaminhado por email.

Relatório do dia 16/08/2011 - Formação Continuada dos Professores da Rede Municipal de Educação de Florianópolis

No dia 16 de agosto às 09h e 20min, deu-se início ao encontro do Grupo Independente (GI). Ele começou um pouco atrasado devido a falta de professores, inicialmente haviam apenas quatro (4), então foi decidido aguardar a chegada de mais professores. Participaram do encontro um total de cinco (5) professores, bem como uma bolsista do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq).
O tema do encontro foi o relato de experiência da professora Michelle Goulart, intitulado A Ginástica, Circo e Dança: um relato da Educação Física na Educação Infantil. O relato foi baseado no Documento das Diretrizes, o qual todos já tiveram acesso. Michelle iniciou sua fala contando que já trabalha há onze (11) anos com Educação Física e que foi com a ginástica que ela começou seu trabalho na Educação Infantil.
Michelle contou um pouco como se organizam as atividades na instituição em que trabalha. Segundo ela o Planejamento é realizado sempre de forma coletiva e a avaliação das crianças é realizada tanto individualmente quanto por grupos, ocorrendo sempre durante as reuniões pedagógicas.
- Projeto Coletivo: é vinculado ao PPP da unidade, ocorre a cada 15 dias e envolve todos os grupos. O cronograma do projeto é formulado durante a reunião pedagógica, assim como sua avaliação. São realizadas atividades que têm como objetivo maior a interação entre as diversas turmas. Segundo Michelle é muito importante a participação dos professores de Educação Física na construção deste projeto, dando mais sustentação a ele.
- Passeios: A idéia de realizar passeios mais regularmente desencadeou-se quando, em conversa, uma mãe afirmou que os lugares mais distantes que o seu filho conhecia eram o supermercado e o Hospital Infantil. Michelle acredita que se não for a professora de Educação Física a organizar, os passeios não ocorrem de forma articulada, no entanto tudo é sempre pensado em conjunto com as professoras de sala. O transporte normalmente é pago por meio de contribuição feita pelas crianças ou pelo comércio localizado aos arredores da instituição. Os passeios são realizados em escolas próximas à creche – nas quais provavelmente as crianças irão estudar, na forma de visistas a clubes de futebol (Avaí e Figueirense), a projetos como o Tamar, museus, teatro, casas das próprias crianças, entre outros. Antes de levar as crianças, professora Michelle procura conhecer o lugar. Sempre após os passeios é criado um DVD com fotos, assim as crianças podem ver-se e fica um documento para creche.
Alguns comentários foram realizados durante a apresentação dos passeios, a professora Inelve perguntou o que as crianças agregam com os aos clubes de futebol, Michelle respondeu que eles oferecem lanches, elas conhecem todos os espaços, vêem o treino, falam com os jogadores, jogam no campo, afirma que é muito interessante. Inelve salientou que são bons os passeios ao centro da cidade, mostrando as antigas construções e as novas, no entanto alguns professores acreditam ser um pouco perigoso.
Após sua fala mais geral sobre os projetos que ocorrem na creche, Michelle abordou mais especificamente de suas aulas de Educação Física. Contou que em todas as aulas trabalha um pouco de ginástica. Destacou algumas dificuldades encontradas como, por exemplo, a visão de ginástica espetáculo que tenta moldar as crianças, poucos trabalhos realizados, a segurança, e a técnica (não para o movimento perfeito, mas como base de segurança para realização do movimento). Michelle entende que todos podem realizar todos os movimentos, e utiliza-se de estratégias para incluir as crianças nas aulas. Associadas à ginástica estão a dança e o circo.
Um dos grandes motivos de se trabalhar com circo, segundo Michelle, é a perda de espaço que este vem tendo com o passar do tempo, hoje as crianças conhecem-no basicamente por meio de DVDs como os da Xuxa e do Patati Patatá. Para iniciar o trabalho, Michelle realiza atividades de teatro, contação de histórias e mostra filmes com o intuito de apresentar o circo para as crianças. Após esta etapa inicial de aproximação, procura conhecer o que as crianças já sabem para depois mostrar e fazer com que experimentem novas formas de movimentos. Apresenta vários papéis do circo e incentiva as crianças a experimentarem todos eles. Para Michelle a apresentação de vídeos é muito interessante, a partir dela as crianças fazem muitas observações e tentam realizar os movimentos apresentados. Ela possui uma caixa com todos os materiais de circo. Esta “caixa do circo” fica na instituição, desta forma as professoras podem utilizar os materiais quando quiserem.
Após o intervalo foram mostradas fotos das atividades que Michelle realiza, foi explicado com funciona cada elemento, viu-se também filmagens das aulas.
Com o término do relato foram discutidos os andamentos para o próximo encontro, que será realizado no dia 30.08.2011. Foi decidido continuar a discussão sobre planejamento, tema iniciado no Encontro de Formação da Rede. O texto a ser discutido será enviado por email.

domingo, 14 de agosto de 2011

Relatório do dia 09/08/2011 - Formação da Rede Municipal de Educação de Florianópolis

No dia 09 de agosto de 2011, às 08h e 25min, teve início o Encontro de Formação Continuada da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. O encontro contou com a presença de 20 professores, bem como de duas bolsistas do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (UFSC/CNPq).
O encontro foi coordenado por Alexandre Fernandez Vaz e teve como tema o planejamento. O professor iniciou sua fala comentando sobre os dois tipos de planejamento, o chamado planejamento participante, em que todos estão no mesmo plano de participação na construção deste; e o planejamento mais diretivo, em que se supõe uma hierarquização sobre a participação efetiva ao planejar – caso das unidades educativas infantis. Ele comentou também que segundo o modelo tradicional da Educação Física (EF), o ano letivo é dividido, em sua maioria, por bimestres e as aulas de EF em aquecimento, parte principal e volta calma.
Partindo desta sua fala, o Professor Alexandre perguntou aos outros professores de que forma eles planejavam. Foram expostas diversas formas de planejamento e critérios utilizados para ele. Os professores comentaram que primeiramente realizam uma sondagem da turma, vista por eles como algo de extrema importância, já que é a partir desta que poderão identificar as características, interesses e “problemas” da turma, fazendo seu planejamento a partir desses elementos.
Alguns professores comentaram que fazem seu planejamento através de projetos coletivos com temas geradores, este planejamento é realizado semanalmente e guiado por registros das aulas anteriores. Foi destacado também que não se deve fazer apenas o que as crianças gostam, mas sim permitir que elas experimentem novas coisas.
Outro ponto lembrado pelos professores, como de importância na construção do planejamento, é a relação entre o professor de EF e o professor de sala, como as divergências nas concepções de educação podem favorecer ou não o bom planejamento. Segundo disseram, o plano deve ser flexível, e apesar de a criança não estar realizando a atividade exatamente como se havia pensando, isso não significa que seus objetivos não estejam sendo alcançados. Foi salientado também que é importante considerar as questões de aprendizagem e desenvolvimento da criança, não significando isso a elaboração de um planejamento etapista.
Foi ressaltado durante o encontro que os professores devem sempre procurar ampliar seu repertório de conhecimento e não apenas exigir isso da criança – o primeiro é geralmente pré-requisito para o segundo.
Durante esses levantamentos e destaques realizados pelos professores, o professor Alexandre foi acrescentando alguns pontos importantes, como por exemplo, a importância de se planejar. Ele afirmou que as dificuldades de planejamento existem, assim como imprevistos durante sua realização, no entanto, quanto melhor planejada e pensada a aula, mais facilidade o professor terá em desviar dos obstáculos, sem fugir de seu objetivo. Destaca em diversos momentos que a pretensão do adulto é diferente da pretensão da criança, apesar de, por vezes, elas coincidirem na prática. Fica desta forma claro que nem sempre o que o adulto espera irá acontecer, não significando que a criança não está aprendendo.
O Professor afirmou que os adultos, frequentemente, conhecem mal as crianças, que apesar de afirmarem repetidas vezes que as crianças não são adultos em miniatura, ainda se surpreendem muito com a inteligência e capacidade das mesmas. No fundo, espera-se que as crianças pensem menos que os adultos e o planejamento em sua maioria é realizado não para uma criança, mas sim para um adulto, partindo das suas expectativas. Cabe aí pergunar o que é mais importante: o processo ou o produto?
De acordo com Alexandre, a instituição de ensino tem, entre outras, a função de preparar a criança para a vida pública. Desta forma, é importante uma ampliação de seus saberes, partindo sempre do que elas já trazem de conhecimento. Entende que a criança em um primeiro momento pode não se dispor a experimentar algo diferente, acreditando que não irá gostar, o professor deve então insistir para que ela experimente, já que o gosto da criança tem que ser um critério para a escolha do saber a ser trabalhado, mas não o único, tampouco o principal.
A partir destes apontamentos iniciou-se a discussão sobre quais critérios devem ser utilizados para delimitar os saberes a serem trabalhados, já que é fundamental para um bom planejamento tê-los claramente, além de realizar uma boa análise de conjuntura. Desta forma, é importante saber cruzar tempo, lugares e saberes (sabendo como se dá cada um destes elementos). É necessário que o professor saiba que o tempo cronológico não faz sentido para a criança e que ela o pensa diferentemente dos adultos. Para um bom planejamento deve-se ter metas e objetivos bem definidos.
Outro ponto bastante destacado foi a busca pelo equilíbrio entre as demandas da Educação Infantil e a formação do professor, sendo muitas vezes necessário que o professor faça uma formação complementar ou busque outras maneiras de suprir tais demandas. Também é importante que o planejamento seja detalhado, desta forma, o professor poderá observar de antemão algumas incoerências em seu planejamento. Permite também que ele considere o quanto sabe sobre aquele determinado assunto, já que, por muitas vezes as afirmações genéricas muitas vezes escondem aquilo que o professor não sabe.
O encontro encerrou-se com comentários referentes à importância de um currículo específico para EF na Educação Infantil, já que na formação, os professores aprendem muito sobre o que não fazer e pouco sobre o que deve ser trabalhado com essa etapa da educação. Concluiu-se que é preciso mais pesquisas relacionadas ao tema, para subsidiar a construção de um currículo que oriente de forma mais segura o trabalho pedagógico.

PRÓXIMO ENCONTRO DIA 16.08.2011

Data: 16.08.2011


Horário: 09:00 - 12:00


Local: CEC (Eventos), na Rua Ferreria Lima 82 – Centro

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PRÓXIMO ENCONTRO DIA 09.08.2011

Data: 09.08.2011


Horário: 08:00 - 12:00


Local: CEC (Eventos), na Rua Ferreria Lima 82 – Centro